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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Carta ao leitor e Editorial

Carta ao leitor/Editorial - Exercício - Tira-dúvida

Leia atentamente o recorte abaixo:


Gêneros textuais: CARTA AO LEITOR e EDITORIAL

A divulgação científica na mídia 

Para a caracterização do funcionamento do discurso de divulgação científica na mídia, foram selecionados trechos da "Carta ao leitor" da revista Superinteressante (São Paulo, Abril, out. 2002) e do "Editorial" da revista Pesquisa FAPESP (São Paulo, FAPESP, out. 2002). A seleção dessas duas publicações fundamentou-se, por um lado, em aspectos comuns — ambas são revistas de divulgação científica, vendidas em bancas de jornal e publicadas no mês de outubro de 2002 — e, por outro, em aspectos divergentes — as instituições responsáveis pelas publicações, Editora Abril e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), ocupam espaços diferentes na sociedade brasileira, o que tem conseqüências no funcionamento discursivo dos textos que iremos analisar.


A revista Superinteressante traz, no início de cada número e ao lado de quadro com informações sobre a equipe editorial da revista e da Editora Abril, um texto do gênero "carta ao leitor", assinado pelo diretor de redação. A escolha desse gênero sinaliza a busca de diálogo com o público-alvo, como meio de atingir seus propósitos: a captação do interesse do leitor em função dos temas tratados na edição com vistas à venda da revista.


O texto constrói-se sobre o diálogo eu — diretor de redação —, tu — cada leitor individualmente — e a menção a um ele(s) — repórteres e reportagens:

Eu disse no mês passado que as novidades que marcam nosso aniversário de 15 anos não tinham se encerrado na edição extra de setembro — capa "Diabete" — e na caixa de CDS com a coleção completa da SUPER — dois produtaços que estão nas bancas. E é verdade. Tem muita coisa bacana vindo por aí. Livros, DVDS, um almanaque maravilhoso. Mais a possibilidade de assinar já as 12 edições mensais de Mundo estranho e seis edições especiais da SUPER para 2003. Enfim: prepare o seu coração para tudo que a gente está aprontando para você.


No eixo da intersubjetividade (eu/tu), é produzida a aproximação diretor de redação/cada leitor, por meio da construção de imagens e do apagamento da assimetria repórter (detentor de um saber) e leitor (que busca a informação). Na seqüência, o diretor faz uso de uma série de recursos lingüísticos para construir seu lugar de enunciação: utilização de sufixos e termos próprios a uma linguagem coloquial, produzindo os efeitos de descontração, jovialidade e leveza ("dois produtaços", "coisa bacana", "embasadíssimos", "aprontando", "primeiríssima qualidade", "em primeira mão"), simulação da simetria ou mesmo produção de assimetria em benefício do leitor ("Muitas vezes o leitor da SUPER sabe tanto ou mais sobre o assunto em pauta do que os especialistas que ouvimos nas reportagens."), sem contudo abrir mão da seriedade ("uma apuração exemplar que reflete bem o tipo de jornalismo que tentamos fazer na SUPER todo mês: informação e análise de primeiríssima qualidade"). O leitor da revista é inserido no texto, com a utilização de diversas marcas de interlocução ("prepare o seu coração para tudo que a gente está aprontando para você", "Quando digo que você é nosso acionista, meu caro, minha cara, não estou exagerando", "É um tremendo desafio e uma grande satisfação fazer jornalismo para gente como você", "Boa leitura").



Por fim, fora o eixo da intersubjetividade, o texto constrói a legitimidade dos conteúdos veiculados, por meio da exposição e valorização das credenciais da fonte da reportagem ("ouviu ninguém menos que Peter Gay, autor de uma das mais respeitadas biografias de Freud, Fritjof Capra, físico da Universidade Berkeley, um dos fundadores da chamada New Age, e Sophie Freud, a neta do bom velhinho") e da proximidade repórter/leitor ("Para realizar a reportagem que você lê a partir da pág. 42, o editor Rodrigo Cavalcante, um flamenguista nascido em Maceió, homem de letras que também é autor dos vitupérios mais engraçados que ecoam pela redação"). Nesse texto, a transmissão de conhecimento é modulada pela captação e sedução do público leitor, que regula todo o processo: a escolha dos temas, seu enfoque, a postura do repórter e do diretor de redação.


Esse procedimento se enquadra na análise de Barthes (1975) sobre a influência da retórica aristotélica, na qualidade de "arte" de persuadir por meio de estratégias verossímeis, ou seja, daquilo que é opinião corrente, nas culturas ditas de massa. Essa lógica também tem influenciado, a propósito, as práticas escolares que fogem do conflito e buscam a satisfação do aluno como meio de produzir um aparente sucesso educacional.


A revista Pesquisa FAPESP traz, no início de cada número e ao lado de quadro com informações sobre a equipe editorial da revista e da FAPESP, um texto do gênero "editorial". Diferentemente da carta ao leitor, esse gênero, presente em grandes jornais impressos, não vem assinado, pois representa a posição da equipe editorial a respeito dos assuntos tratados naquela edição. A escolha do gênero evidencia a diferença com relação à revista anteriormente analisada: a apresentação e o comentário das reportagens da revista não trazem marcas da relação autor/leitor, legitimando-se pelos critérios científicos e pela relevância das pesquisas descritas nos textos. O "Editorial" inicia-se da seguinte forma:


Surpresas do mundo vegetal

Os que estão sinceramente preocupados com o futuro do planeta mostram-se indignados com a recusa dos Estados Unidos — o país responsável por um quarto das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera terrestre — em ratificar o Protocolo de Kyoto, mas perceberam, com alívio, claros sinais, lançados de Johannesburgo em setembro, do crescente isolamento internacional da posição norte-americana. Na dúvida, contudo, quanto aos bons resultados da diplomacia, os pesquisadores que lidam concretamente com problemas do meio ambiente continuam indo à luta e perseguindo soluções capazes de impedir o desastre anunciado que representaria para a humanidade o aumento descontrolado do gás carbônico no ar que respiramos.



Tal como assinalado, o "Editorial" não apresenta nenhuma marca das pessoas do discurso (eu/tu), construindo-se inteiramente sobre a terceira pessoa, característica dos textos científicos. O segundo parágrafo, que se inicia com "O mundo vegetal revela outra surpresa nesta edição", modula esse recurso — confirmando e estabelecendo-o — pelo uso da terceira pessoa: atribui-se ao mundo vegetal a revelação dos efeitos da planta, e não à atividade de sujeitos cientistas, o que produz o efeito de objetividade do discurso científico.


Os critérios de seleção dos temas das reportagens provêm das duas esferas definidoras da revista: da esfera midiática, a preocupação com assuntos da atualidade e seu impacto social, evidenciados na menção ao "Protocolo de Kyoto", para introduzir a reportagem sobre o jatobá, e ao "significado social" das descobertas sobre a samambaia-das-taperas; e, da esfera científica, os avanços obtidos pelas pesquisas relatadas e sua aplicação tecnológica, presentes na expressão "a par dos resultados científicos" e "novas tecnologias úteis a seu campo de atividades". É o potencial de novidade e sua relevância social que funcionam como índices legitimadores das reportagens, cuja apresentação dispensa a explicitação das credenciais de repórteres e cientistas, autorizados a priori pelo prestígio da FAPESP, na qualidade de órgão de financiamento da pesquisa no Brasil.


Os aspectos acima descritos apontam para o leitor-alvo dessa publicação: familiarizado com assuntos internacionais veiculados pela mídia, conhecedor do prestígio da FAPESP e interessado nas possibilidades de aplicação do conhecimento científico produzido no Brasil. Esse leitor necessita de poucos recursos de sedução para a leitura da revista, além do prestígio que a ciência já goza em nossa sociedade.


A análise da "Carta ao leitor" da Superinteressante e do "Editorial" da Pesquisa FAPESP evidenciam as diferenças entre essas duas publicações. Assim como se observou anteriormente a propósito dos estudos retóricos, a primeira publicação — Superinteressante — desempenha o estatuto do propagandista, isto é, o de granjeador da atenção do seu público, ao passo que a segunda — Pesquisa FAPESP — usufrui o prestígio de porta-voz legítimo dos valores de uma comunidade, a saber, da comunidade científica brasileira.


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Exercício: Faça a análise de quais são as características (predominantes) presentes nos textos abaixo, que “definem” o gênero Carta ao Leitor:


Rumos da educação

Liberdade atropelada

Revista ConViver Nordeste 

Um prazer que move economias e transforma países

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pauta jornalística

Como fazer uma pauta...

A pauta é um dos itens principais do jornalismo. É a partir dela que o jornalista/repórter irá a campo buscar informações, apurar e iniciar a construção da reportagem. A pauta é a orientação do repórter e, por isso, deve ser muito bem feita.

A professora Joanita Mota Ataíde, da Universidade Federal do Maranhão, fez um resumo de definições sobre “pauta jornalística”:
1- Segundo Clóvis Rossi
DEFINIÇÃO: Instrumento de orientação para os repórteres e de informação para as chefias.
DISTORÇÕES:
1ª) Por ser elaborada principalmente em função do que os próprios jornais publicam, o que gera um círculo vicioso, pelo qual os jornais se alimentam;
2ª) No geral, reflete refletem a idealização das pessoas que permanecem nas redações e não daquelas que estão em contato direto com os fatos ou das pessoas geradoras das notícias;
3ª) É elaborada hoje, nos grandes jornais, por um pequeno grupo de profissionais.
4ª) Condiciona o repórter a obedecer aos quesitos previstos ou pedidos pelo pauteiro. - Pode ser contornada tal situação?
FORMA E CONTEÚDO: extensa, minuciosa, quase uma receita completa de como cada repórter deve fazer sua reportagem (indicações do que o repórter deve fazer, as pessoas que deve ouvir, que perguntas fazer).

2- Segundo Luiz Amaral
DEFINIÇÃO: ‘’...uma previsão dos acontecimentos que se desenrolarão no dia seguinte.’’

3- Segundo José Marques de MeloDEFINIÇÃO: ‘’... roteiro destinado à pré-seleção das informações a serem publicadas.’’
CONTEÚDO: elenco de temas ou assuntos
indicação de ângulos através dos quais os acontecimentos devem ser observados e relatados.

4- Segundo Luciano de MoraesCONTEÚDO: Ligeiro resumo do que constitui o objeto da matéria; roteiro das questões básicas; o enfoque pretendido sobre determinado assunto; dicas sobre aspectos desconhecidos ou interessantes do tema; questionamento dos pontos que são o objeto da reportagem.
LINGUAGEM: Crítica, irônica, instigante, brincalhona, dura na colocação dos pontos a serem questionados.
OBJETIVO: (um dos principais): Vender a matéria, estimular o repórter e/ou a chefia, espicaçando o espírito crítico de quem vai fazer a reportagem.

Já o site Focas na área traz um texto interessante sobre pauta e no final traça um “roteiro” dos itens fundamentais de uma pauta.

A pauta tem por objetivo oferecer o maior número de informações para o repórter que irá fazer a matéria. Como todos sabem, o repórter muitas vezes chega na redação para pegar as pautas e precisa sair correndo para produzir várias matérias. Assim, tendo em mãos uma pauta bem elaborada não terá dificuldades de produzir uma boa matéria.

A Pauta se constitui num dos grandes problemas para os estudantes de Jornalismo, às vezes até para profissionais tarimbados. Imagina-se que, pelo que posso observar no mercado, fazer uma Pauta nada mais é do que "CHUPAR" notícia de Jornal. Outros veículos como as televisões, as revistas e mais recentemente a internet, com todas as suas falhas, também entram na "CHUPANÇA". E isso não é verdade.

A CRIATIVIDADE do Repórter acaba sendo jogada no lixo por preguiça, falta de orientação ou má-fé, no duro. Saiba você que os outros veículos servem para uma reflexão do Repórter sobre tudo aquilo que está acontecendo no planeta - nada mais.

A Pauta tem que ter as características do veículo: texto claro, objetivo, curto, direto, conciso e sem informações óbvias. O profissional responsável pela Pauta precisa pensar numa abordagem diferente de um assunto que pode mudar o dia do cidadão.


Uma boa pauta deve ter, no mínimo:

1 - Um resumo dos acontecimentos (idéias) que são objeto da Reportagem.
2 - O que o Repórter terá que conseguir, ou seja, o que interessa ao Ouvinte.
3 - Como a emissora vai se posicionar em relação ao assunto.
4 - Fornecer todos os dados necessários para o Repórter: nome, cargo ou função das pessoas que serão entrevistadas, telefones, hora da entrevista, local, e-mail- sempre fornecer mais de uma fonte.

Lembre-se de uma coisa, a Pauta é o ponto de partida de uma boa Reportagem, nunca o meio ou o fim. Tudo o que foi planejado previamente na Pauta pode ser "derrubado" pelo Repórter caso outros fatos mais importantes estejam acontecendo.

Vale ressaltar que nem sempre uma Pauta de Jornal, revista ou Tv pode ser adaptada sem prejuízos ao Rádio. Procure elaborar o material de acordo com as características do veículo - pense na prestação de serviços, na sessão da Câmara, na visita do Presidente.

Por último: uma boa Pauta deve ter no máximo dez linhas, de preferência com texto manchetado, para facilitar a vida do Repórter.

A sugestão de Pauta apresentada aqui não serve para programas jornalísticos (produção), apenas para Reportagem.

Atenção: como o Pauteiro já se tornou uma peça rara nas Redações, o Repórter é o próprio Pauteiro.

As pautas devem conter os seguintes itens:

1) Cabeçalho: Onde devem estar contidos o nome do redator, a data em que foi elaborada a pauta, a retranca (duas palavras que indiquem o tema da pauta) e a fonte (de onde foram tiradas as informações para a pauta).

2) Tema: Sobre o que se trata a pauta.

3) Histórico/Sinopse: Você deverá escrever em poucas linhas (média de 15 linhas) em linguagem radiofônica um resumo dos fatos que levaram esse tema a se justificar como assunto de uma pauta jornalística. Esse material é muito importante para situar o repórter e porque poderá ser utilizado por ele para o lide e/ou cabeça da matéria. Para reportagens especiais pode-se inserir mais informação.

4) Enfoque/Encaminhamento: Qual será o direcionamento a ser dado na matéria, ou seja, com base no histórico exatamente o que o pauteiro quer que seja desenvolvido pelo repórter. Indique para o repórter. Este item é que irá definir as suas sugestões de perguntas.

5) Fontes: Para se obter as informações sobre o tema da matéria é fundamental que o pauteiro apresente as fontes para a reportagem, ou seja, as pessoas que serão entrevistadas pelo repórter. Nesse caso, além do nome e do cargo/função da pessoa, deve constar na pauta o endereço e todos os telefones possíveis para contato.

6) Sugestões de perguntas: Como o nome já dia são sugestões a serem seguidas pelo repórter. Mas lembre-se uma pauta não é uma camisa de força. O repórter tem toda liberdade de questionar o entrevistado sobre outras questões que considerar importante naquele momento.

7) Anexos: Caso o pauteiro tenha feito alguma pesquisa ou possua recorte de jornal/revista ou texto retirado da internet poderá anexar na pauta.

wikipédia ressalta que apesar de ser detalhada e repleta de orientações editoriais, a pauta não é rígida: o repórter pode modificar abordagens, sugerir outros entrevistados e até mudar completamente a natureza da reportagem que irá produzir levando em conta os acontecimentos factuais que presenciar depois de sair da redação em busca da notícia.

Formação da pauta
Dependendo do veículo de informação, a pauta pode ser elaborada de forma diferente, mas, em sua essência, constitui de cinco pontos. Uma pauta geralmente é montada seguindo os seguintes tópicos:

Histórico
O histórico é o que situa o repórter no cenário da reportagem a ser desenvolvida. Antes de abordar o assunto, esta parte da pauta trata do que o assunto é e o que foi. Se a pauta tratar de algum evento em uma determinada guerra, o histórico informa o repórter da guerra em si, de suas causas, como começou e quando, até o presente próximo. Esta informação pode ser ao repórter dada no início para orientá-lo na apuração mas, no texto, em geral vem no fim ou em separado (num "box", se for em mídia impressa, ou "pé" da matéria, se for rádio ou TV).

MatériaNesta seção, o encarregado de confeccionar a PAUTA fala exatamente do que o repórter irá tratar. Se a pauta tratar de algum acontecimento em uma guerra, a matéria é o acontecimento. Uma explosão, um ataque, um atentado.

AbordagemÉ o que marca a individualidade da matéria. Dois jornais podem falar sobre o mesmo assunto, só que sob abordagens diferentes. Ainda no exemplo do acontecimento numa guerra, o repórter pode abordar uma explosão como um feito de represália dos povos ocupados. Já outro jornal pode abordar o fato como um acidente.

Fontes
Nesta seção são sugeridas pessoas com quem o repórter poderá falar para enriquecer sua reportagem. Vão desde fontes oficiais, como prefeitos e vereadores, até fontes independentes, como advogados ou executivos, até povo-fala, onde populares são indicados à dar sua opinião sobre o assunto. É conveniente que se coloque telefones, emails e outros meios de contato com as fontes, para que informações possam ser checadas mais tarde, durante a edição da matéria jornalística.

Imagens
Se tratar-se de uma pauta de telejornal, nesta seção o cinegrafista tem orientações do que mostrar e sob qual ângulo. Se tratar-se de uma pauta de jornal impresso, esta seção informa o fotógrafo sobre o que fotografar e como.

Pauteiro
No jornalismo, chama-se de pauteiro o profissional que, dentro de uma redação, tem a função de decidir o que será noticiado. Cabe a ele elaborar a pauta do dia, isto é, os assuntos que os repórteres deverão sair para apurar (investigar). O pauteiro geralmente à redação chega mais cedo que os demais colegas (às vezes de madrugada) e seleciona, desenvolve e planeja as coberturas que serão atribuídas a cada repórter ou redator.

Comumente, um pauteiro recebe telefonemas, e-mails e cartas do público dando sugestões de pauta.
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Quanto à pauta para o jornalismo on-line, encontramos o seguinte texto:
A pauta deve contemplar as especificidades da comunicação na Internet sem deixar de lado as exigências da pauta jornalística tradicional.
Toda pauta é um planejamento da produção da matéria. No caso da notícia para a internet, é preciso prever como será a utilização dos aspectos característicos desta tecnologia, tais como a construção hipertextual do conteúdo, os recursos multimídia utilizados e as oportunidades de interação oferecidas ao público.
Desta forma, a jornalista Luciana Moherdaui, no livro “Guia de Estilo Web” propõe um modelo de pauta capaz de planejar também a produção e publicação deste elementos.Sengundo a autora a pauta tradicional seria composta por:

1. Tema e questão central – a proposta da pauta;

2. Encaminhamento;

3. Roteiro de perguntas a serem respondidas;

4. Itens relevantes a serem abordados;

5. Perfis ou pontos de vista contemplados;

6. Histórico e informações adicionais;

7. Elenco de fontes a serem utilizadas;

Note que os itens de 3 a 6 podem servir para prever como ficará a estrutura hipertextual da matéria, visto que cada elemento pode ser publicado em um bloco de informações em separado.
Mas a pauta para a internet exige outro tipo de definições, por exemplo aquelas relativas à produção e disponibilização de informação multimídia:

8. Que recursos multimídia serão utilizados? Os arquivos em audio captados pelo jornalista ficaram disponíveis juntamente ou não com uma transcrição, ou uma lista de destaques da entrevista. E as fotos, e vídeos…

9. Serão criados mapas interativos ou infografias em geral? Neste caso trata-se de um processo mais complicado e que foge à autonomia do jornalista, é necessário mobilizar profissionais e recursos caros, enfim um esforço de produção muito maior.

Outro aspecto que não pode faltar é a construção hipertextual:

10. Chamada de capa + links internos e externos.

11. Notícias relacionadas e anteriores.

Pode causar surpresa que a chamada apareça tão cedo e sem a interferência do editor, mas a proposta se justifica quando se considera a importância de estruturar o conteúdo em hipertexto, do qual a chamada é o elemento de entrada. Por esta razão pensar a estrutura implica pelo menos uma proposta para este primeiro elemento.

Por fim não poderia faltar:

12. Interação com o público; será disponibilizada enquete, link para bate-papos, foruns de pergunstas…

Em resumo, a pauta para o meio digital corresponde a uma adaptação da pauta tradicional às especificidades da hipermedia.

Veja um quadro resumo:

1. Tema e questão central ou proposta da pauta;

2. Encaminhamento;

3. Roteiro de perguntas a serem respondidas;

4. Itens relevantes a serem abordados;

5. Perfis ou pontos de vista contemplados;

6. Histórico e informações adicionais;

7. Elenco de fontes a serem utilizadas;

8. Que recursos multimídia serão utilizados? Os arquivos em audio captados pelo jornalista ficaram disponíveis juntamente ou não com uma transcrição, ou uma lista de destaques da entrevista. E as fotos, e vídeos…

9. Serão criados mapas interativos ou infografias em geral? Neste caso trata-se de um processo mais complicado e que foge à autonomia do jornalista, é necessário mobilizar profissionais e recursos caros, enfim um esforço de produção muito maior;

10. Chamada de capa + links internos e externos;

11. Notícias relacionadas e anteriores.

12. Interação com o público; será disponibilizada enquete, link para bate-papos, foruns de pergunstas…




Com base no livro: MOHERDAUI, Luciana . Guia de Estilo Web - Produção e Edição de Notícias On-Line. 3. ed. São Paulo: Senac, 2007